A casa está desmoronando para o clã Bolsonaro, que ascendeu no país sob a falsa bandeira do combate à corrupção. A Polícia Federal (PF) revelou que Jair Bolsonaro recebeu mais de R$ 44 milhões em suas contas bancárias desde 2023. Cerca de R$ 31 milhões foram obtidos somente entre março de 2023 e fevereiro de 2024.
Conforme o relatório policial, o segundo maior valor que entrou nas contas de Bolsonaro, R$ 11 milhões, avolumou-se em transações ocorridas de dezembro de 2024 a junho de 2025.
Dos R$ 44 milhões auferidos pelo capitão da extrema direita em dois anos, a PF identificou R$ 20,7 milhões amealhados via Pix. Em 2023, aliados de Bolsonaro impulsionaram uma campanha para pagar seus advogados.
Os dados foram levantados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e anexados ao inquérito sobre a obstrução no processo da trama golpista.
As movimentações suspeitas do clã
A investigação listou também transferências para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e para os filhos Eduardo e Jair Renan, atualmente vereador em Balneário Camboriú, Santa Catarina. No relatório, a PF sustenta que as movimentações feitas pelo ex-presidente aparentam “ocorrências de lavagem de dinheiro e outros ilícitos”.
Segundo o site UOL, entre setembro de 2023 e junho de 2025, Eduardo Bolsonaro recebeu R$ 4,16 milhões e transferiu R$ 4,14 milhões. As movimentações sob suspeita de lavagem de dinheiro, no entanto, já vinham ocorrendo desde março de 2023. O principal remetente dos valores foi Jair Bolsonaro, que repassou R$ 2,1 milhões ao filho.
A PF aponta ainda que Eduardo recebeu R$ 683,6 mil da Eduardo B Cursos, empresa da qual o extremista e sua esposa, Heloísa Bolsonaro, são sócios.
Entre os principais destinatários das movimentações, afirma a investigação, está uma empresa de câmbio, que recebeu R$ 1,7 milhão. Já Heloísa foi destinatária de R$ 212,3 mil.
Em março, Eduardo decidiu pedir licença do mandato de deputado federal e mudou-se para os Estados Unidos (EUA), onde, em conluio com a Casa Branca, age deliberadamente para sabotar o Brasil e livrar o pai da cadeia.
Representação criminal
Líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara, o deputado federal Lindbergh Farias (RJ) abriu representação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o clã Bolsonaro por indícios de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude processual.
No pedido, Lindbergh argumenta que “tais operações configuram possíveis estratégias de blindagem patrimonial e uso de interpostas pessoas (‘laranjas’ ou ‘testas-de-ferro’), prática típica de lavagem de dinheiro, além de tentativa de frustrar bloqueios judiciais”.
Bolsonaro pode ser preso preventivamente ainda nesta sexta-feira (22), se a defesa do extremista de direita não apresentar ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, as justificativas para as violações de medidas cautelares impostas pela Justiça.
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