O governo Lula, por meio do Ministério das Mulheres, vai destinar R$ 13 milhões para a criação de 17 lavanderias públicas e comunitárias em todo o país. Esses espaços oferecem serviços de lavagem, brinquedoteca, cursos e oficinas, além de atividades culturais e de convivência. A iniciativa permite que o tempo antes dedicado ao trabalho doméstico seja convertido em estudo, geração de renda e descanso.
“As lavanderias públicas são um exemplo concreto de como políticas de cuidado podem transformar vidas. Quando liberamos tempo para as mulheres, estamos devolvendo dignidade, autonomia e oportunidade de participação plena na sociedade. Não se trata apenas de lavar roupas, mas de mudar uma cultura e garantir justiça de gênero”, afirma a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.
A ação integra o Plano Nacional de Cuidados, coordenado pelos Ministérios das Mulheres, do Desenvolvimento e Assistência Social e dos Direitos Humanos, e reforça o cuidado como direito e responsabilidade compartilhada.
Estrutura e funcionamento
As lavanderias contam com áreas de lavagem e secagem, sala multiuso, brinquedoteca e recepção. Além da infraestrutura, os espaços oferecem atividades formativas sobre economia feminista, divisão justa do trabalho doméstico e ações culturais, garantindo que o tempo liberado seja reaproveitado em convivência, aprendizagem e autonomia.
“O Brasil precisa reconhecer o cuidado como um direito e uma responsabilidade coletiva. As lavanderias públicas mostram que é possível unir eficiência, sustentabilidade e inclusão social em um mesmo equipamento, fortalecendo a autonomia das mulheres e estimulando a participação de toda a comunidade”, destaca Rosane Silva, secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados.
Com máquinas de alta eficiência, os espaços reduzem o consumo de água e energia, diminuem custos domésticos e estimulam práticas sustentáveis. Enquanto as roupas são lavadas, mulheres participam de oficinas e formações, filhos são acolhidos na brinquedoteca e homens e jovens são convidados às atividades, desconstruindo a ideia de que o cuidado é tarefa feminina. O objetivo é distribuir responsabilidades no âmbito familiar e comunitário, ampliando a participação social e econômica das mulheres.
Investimentos e expansão
A primeira unidade foi inaugurada em junho de 2025, em Caruaru (PE), com investimento de R$ 471,8 mil, e já funciona como espaço comunitário que abriga sala multiuso para formações, brinquedoteca, horta comunitária e área de convivência. Também foram firmados convênios para a implementação de duas lavanderias em Petrópolis (RJ), com aporte de R$ 621,8 mil, e outras duas no Piauí (Teresina e Parnaíba), com investimento de R$ 1,3 milhão. Ceará e Bahia estão em negociação para receber novas unidades.
Ao todo, R$ 13 milhões serão investidos na implementação das 17 lavanderias em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. A meta é consolidar esses espaços como centros comunitários vivos, que integrem serviços de cuidado a atividades educativas, culturais e de lazer. Mais que máquinas de lavar, são equipamentos que transformam tempo em oportunidade, garantindo às mulheres o direito de decidir sobre o uso de suas horas.
Política Nacional de Cuidados
O governo Lula segue comprometido em colocar as mulheres no centro das políticas públicas. As Lavanderias Públicas e Comunitárias se somam a outras ações, como as Cuidotecas e o Projeto Mulheres Mil.
Instituída pela Lei 15.069/2024 e regulamentada pelo Decreto 12.562/2025, a Política Nacional de Cuidados estabelece o cuidado como direito de todas as pessoas e como responsabilidade compartilhada entre Estado, famílias e sociedade, garantindo igualdade entre homens e mulheres.
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